Velhos. Os velhos e as velhas......
Ontem fui, com uma amiga e minha neta Valentina, visitar uma casa para idosos. Uma casa muito bonita, com varandas em todos os quartos, sala ampla, poucos hóspedes. Um jardim bonito, e uma gerente encantadora. Pessoa do bem, que conheço desde garota. Levei um bolo, que comemos com as hóspedes. Cantamos. Há uma que gosta de cantar e tem uma voz linda. Outra muito triste com o cenho franzido disse que gostava muito de ler. Estava lendo um jornal. Levei também alguns livros nossos. De contos. A casa e tudo muito limpo. Bem iluminado. Um lugar ótimo. Mas eu estou com um aperto no coração deste ontem. Percebo a falta que nos faz os nossos. Filhos. Netos, então é como beber água. Precisamos sempre e mais. Soube de senhoras que estão lá porque os filhos nao tem tempo para elas. Trabalham muito e se ocupam com estas coisas da vida urbana. Nem para visitas eles conseguem tempo. Sabe a sensação que hoje me invade? Estes executivos, estas moças bonitas, estes todos que brilham na noite, nas empresas, na sociedade toda? Vão morrer todos, nos próximos meses. Sim, eles não ficarão velhos. A única forma que sei de não se ficar velho é morrer antes de a velhice chegar.
Não sei como faremos, nem o que faremos, mas urge que se discuta este espaço na vida desta população que abriu um lugar lindo colorido, enfeitado, adequado para esperar seu filhinho, que durou 3 anos pequeno, logo ficou grande e nada daquilo serviu mais. Estes mesmos não conseguem achar este lugar na sua vida, na sua casa para os seus velhos que durararão 10, 20 ou mais anos. E, o mais terrível, o atávico deste povo é que todos acham que é este o caminho. Ficou velho: vai pro asilo.
Eu pensei o quanto cada uma daquelas senhoras gostariam de estar numa casa rodeada de netos, de cachorros, de gatos, de laranjeiras com frutos, de um jardim cheio de rosas. Todas, por certo.
Urge que se abra esta discussão, porque não me parece que na minha casa vá ser diferente, nem na tua, nem na do vizinho.
Lugar de velho é no meio dos novos, da familia, dos seus amores de sempre. Junto dos seus cacarecos. Dos seus valores.
Não tem como ficar saudável, com vontade de viver, de se eguer sem uma motivação para tal. É o que me sugere uma vida sem amores.
Ontem fui, com uma amiga e minha neta Valentina, visitar uma casa para idosos. Uma casa muito bonita, com varandas em todos os quartos, sala ampla, poucos hóspedes. Um jardim bonito, e uma gerente encantadora. Pessoa do bem, que conheço desde garota. Levei um bolo, que comemos com as hóspedes. Cantamos. Há uma que gosta de cantar e tem uma voz linda. Outra muito triste com o cenho franzido disse que gostava muito de ler. Estava lendo um jornal. Levei também alguns livros nossos. De contos. A casa e tudo muito limpo. Bem iluminado. Um lugar ótimo. Mas eu estou com um aperto no coração deste ontem. Percebo a falta que nos faz os nossos. Filhos. Netos, então é como beber água. Precisamos sempre e mais. Soube de senhoras que estão lá porque os filhos nao tem tempo para elas. Trabalham muito e se ocupam com estas coisas da vida urbana. Nem para visitas eles conseguem tempo. Sabe a sensação que hoje me invade? Estes executivos, estas moças bonitas, estes todos que brilham na noite, nas empresas, na sociedade toda? Vão morrer todos, nos próximos meses. Sim, eles não ficarão velhos. A única forma que sei de não se ficar velho é morrer antes de a velhice chegar.
Não sei como faremos, nem o que faremos, mas urge que se discuta este espaço na vida desta população que abriu um lugar lindo colorido, enfeitado, adequado para esperar seu filhinho, que durou 3 anos pequeno, logo ficou grande e nada daquilo serviu mais. Estes mesmos não conseguem achar este lugar na sua vida, na sua casa para os seus velhos que durararão 10, 20 ou mais anos. E, o mais terrível, o atávico deste povo é que todos acham que é este o caminho. Ficou velho: vai pro asilo.
Eu pensei o quanto cada uma daquelas senhoras gostariam de estar numa casa rodeada de netos, de cachorros, de gatos, de laranjeiras com frutos, de um jardim cheio de rosas. Todas, por certo.
Urge que se abra esta discussão, porque não me parece que na minha casa vá ser diferente, nem na tua, nem na do vizinho.
Lugar de velho é no meio dos novos, da familia, dos seus amores de sempre. Junto dos seus cacarecos. Dos seus valores.
Não tem como ficar saudável, com vontade de viver, de se eguer sem uma motivação para tal. É o que me sugere uma vida sem amores.
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