19 de março de 2017
O domingo amanheceu fresco a e agrdavel, em Porto Alegre. Bom para estar em casa, escrever, ler, assistir a TV Cultura - que está lindamente musical neste amanhã. E para refletir. As notícias do Brasil são a cada dia piores. Os defensores da ética e dos bons costumes, os donos do agro negócio, uma das pontas mais ricas da economia, aqueles que odeiam a agricultura familiar, que custeiam os governos defensores dos monopólios, estes tiveram suas máscaras caidas dentro da mangueira e atoladas no estrume das vacas. Os defensores da ética, dos bons propósitos e costumes políticos do país, que derrubaram a presidente Dilma por considerá-la inapta para governar, também estes agora tem suas máscaras caídas em algum lamaçal bem mais fétido que aquele estrume das vacas. Mas eles estão todos lá, um se segurando no outro numa tentativa vã de não caírem. Eles brigam ente si. Todos querem defender o seu, e acham que estando no poder poderão esconder seus mal feitos. Acho que vaca foi pro brejo, e "cagaram as tripas que era para a linguiça", como se diz la em Osório. Me conforto olhando os registros lindos que fizemos ontem no pic nic da escola da minha neta. "A escola com que sempre sonhamos sem saber que ela existia" como disse Rubem Alves. Um encontro de famílias educadas, dedicadas, cuidadosas, que tiraram o dia de sábado para estarem com seus filhos, professores, familiares, avós, e avôs, cachorros, bebês que ainda não estão na escola. Todos estavam lá e trocavam lanches, chimarrão e experiências sobre estes que amanhã serão os governantes, ou médicos, ou jornalistas, ou pecuaristas (?) ou cidadãos de quaisquer profissões, mas que têm na família um sustentáculo garantido. Espero que esta geração tenha valores mais nobres, que tenha mais compromisso coletivo ao invés do individual, que tenha mais amor pelo próximo, que tenha menos apreço por este consumismo doentiu. Que perceba o valor da partilha. Eu ainda tenho fé!
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