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Um poema escrito para Pablo  Alboran:


Quién sos?
¿Por qué razón fluyes en mí
como el agua en el arroyo
o cual viento en el ocaso,
y te esbozas lentamente
como sombra entre mis brazos?
Te me asomas a los ojos
y amenazas incendiarlos
instalándote a tus anchas
con tu canto solidario.
¿Porqué estás en mi camino
y me llenas las dos manos?
E imaginar que me amas
ya repara todo el daño
que la vida me ha causado
con el paso de los años.
Eres luz en las tinieblas
eres pan, vino y rosario
impoluto caballero...
ostentoso abecedario
te me escribes en el cuerpo
sin que yo pueda evitarlo
y me instas a entregarme
al silbido de tus labios.

P.D. “Te amo, Pablo”.


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