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Nós, os mais experientes


Nós, os mais experientes, estamos a cada dia conquistando mais e mais espaços que até há pouco tempo eram ocupados somentos pelos mas jovens.  Sabemos histórias, fizemos histórias e desejamos contá-las. Além do espaço de reconhecimento e até de da reverência que estamos alargando nesta sociedade,  que não estava habituada a ver nos mais velhos uma fonte de inspiação e aprendizagem, estamos nos divertindo muito a cada texto que escrevemos, a cada livro que lançamos. Estamos lendo mais  também,  embalados por esta onda literária  na qual estamos navegando encantados.
Neste ano lançaremos "Quando o outono chegar" no dia 08 de novembro às 16h, no térreo do Memoriaol do Rio Grande do Sul.  Para apresentá-lo, escrevi:

Apresentação 

O mundo moderno apresenta desafios de toda ordem. Nós, homens e mulheres destes tempos, estamos procurando viver mais e melhor. O Brasil está se deparando com esta realidade que há pouco era sabida bem longe de nós. Nossa sociedade está aprendendo a conviver e reverenciar o cidadão idoso que, agora, enche os cinemas, as poltronas dos aviões ou mesmo os bancos das praças. As famílias modernas estão tendo mais velhos do que crianças para acolherem e cuidarem. Tal realidade nos leva a pensar em ações que possam engrandecer essa que é uma desejada etapa da vida. Quem não quer envelhecer? A outra opção é bem pior! [H1] Logo, nossa missão de fazer deste um tempo de atividades, de encontros, de saúde e encantamentos é uma constante. A AGEA, por ser uma associação voltada, prioritariamente, para pessoas aposentadas, está atenta à nova realidade e disposta a propor outros olhares. Neste ano, decidimos contar histórias acontecidas com os mais velhos, mais experientes e não menos encantadores. Ao escrever, revivemos a nossa vida  e a de outros, remexemos nos baús que estiveram guardados por muito tempo. Sentimos os calafrios das noites frias ao lembrar o que tivemos e o que perdemos. Mas é assim que é.
 Esperamos que os leitores se encontrem também nas histórias aqui postas, pois é para vocês que passamos tantas horas à frente de um teclado, fazendo e refazendo prosas.
A nossa Olimpíada premia os atletas da vida. Todos nós. Vencemos as doenças, vencemos as perdas e lutamos contra a solidão todos os dias. Talvez não ganhemos medalhas, pois já as temos penduradas nas nossas vidas, a cada superação nos tantos embates. Neste ano, o primeiro e talvez o último em que nossa geração esteja vendo Olimpíadas acontecendo aqui n[H2] o  Brasil, havemos de nos inspirar nos atletas para que continuemos em busca da medalha. Ela virá. Com a nossa fé, com a alegria e com a coragem, das quais não podemos nos perder.
Aí estão as quatro estações: as do indivíduo e as do mundo. As chuvas avivam memórias: desejos, agonias, raízes. A primavera desperta o que o inverno aconchega. Verão é tempo da dispersão, das conversas fúteis, das viagens, dos folguedos. O poeta escreve no outono, época em que a vida empalidece. O inverno enterra as raízes e ossos. O colapso anuncia a regeneração. T.S. Elliot
Tenham todos uma agradável leitura.

Almeri Espíndola de Souza







 [H1]Num livro astral, acho que nem é bom falar sobre isso


 [H2]Sugiro retirar para não ficar melancólico – Neste ano, em que o Brasil tem a honra de sediar uma Olimpíada, 

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